quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Fisiologia da contração muscular e cãibras

CONTRAÇÃO MUSCULAR: INTRODUÇÃO


Em "Alongar ou Aquecer: Qual o melhor caminho para se iniciar uma atividade física", AYRES, NICIOL e QUILICI (2003) resumem a contração muscular em 3 pontos:

Como primeiro momento vale a pena lembrar que o músculo esquelético é um músculo de movimentos voluntários formado por numerosas fibras, que por sua vez é formado por subunidades sucessivamente menores denominadas de miofibrilas. E suas principais funções são o movimento do corpo e a manutenção da postura. Para cada uma destas fibras musculares existe uma terminação nervosa denominada de motoneurônio.
Para SAMPAIO “o músculo estriado esquelético (MES) é constituído por faixas alternadas transversais, que são claras e escuras devido ao arranjo das miofribilas de miosina e actina (proteínas contráteis). Estas são responsáveis pela contração muscular, que no caso do músculo estriado esquelético é voluntária”. (2001 : 57)
Já as miofribilas possuem em sua formação filamentos de actina e miosina dispostos lado a lado sendo grandes moléculas polimerizadas de proteína responsáveis pela contração muscular.

Figura 1: Fibras Musculares. 

Como segundo momento é interessante destacar que para haver uma contração muscular, se faz necessário um impulso nervoso que estimula um receptor (motoneurônio), localizado na posição central das fibras nervosas, este quando ativado secreta uma substância chamada acetilcolina que irá atuar diretamente nas fibras musculares, permitindo assim que grande quantidade de íons sódio flua para o interior da membrana da fibra muscular.
Esse íon sódio desencadeia um potencial de ação que irá despolarizar a membrana da fibra muscular fazendo com que o retículo sarcoplasmático libere nas fibras musculares grande quantidade de íons cálcio, armazenados em seu interior. Esses provocam a atração entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que deslizem entre si provocando assim uma contração muscular.

Figura 2: Motoneurônio e despolarização da membrana da fibra muscular.

Figura 3: Unidade da Miofibrila, sarcômero, em contração.

Figura 4: Ligação do feixe de actina com o de miosina.

Como terceiro momento para que o músculo possa relaxar deve ocorrer uma interrupção nos estímulos nervosos. Com isso haverá o fechamento dos canais de cálcio no interior do sarcoplasmático, este faz com que o sistema troponina-tropomiosina volte ao seu normal, impedindo a interação dos filamentos de actina com os de miosina através de um bloqueio natural chamado de Sítio Ativo que se encontra no interior das moléculas de actina. Este mecanismo leva as fibras musculares voltarem a sua posição anatômica, ou seja, relaxadas.


FISIOLOGIA DA CÃIBRA


  Definição: Segundo (GALI, 2002), normalmente acontecem após atividades físicas e tem duração de alguns segundos, sendo que na grande maioria das vezes ela desaparece subitamente podendo-se observar o endurecimento do grupo muscular onde atuam. Na maior parte dos casos os músculos freqüentemente mais afetados são os gastrocnêmio, (conhecida popularmente como “batata da perna), os isquiotibiais (posterior da coxa) e os abdominais (barriga).

SILVA(2009) define as razões da cãibra em 4 teorias:


1) Metabólica: relacionada a produção de metabólitos devido a atividade contrátil, principalmente ácido lático e amônia, quais irão "intoxicar" o organismo e desencadear na cãibra.

2) Desidratação: Essa teoria sustenta-se na afirmação de que o suor liberado durante o exercício físico representa uma perda de água tão considerável que pode provocar desequilíbrio nos fluidos corporais e assim interferir no mecanismo contrátil dos músculos, provocando sua contração súbita.

3) Eletrolítica: Explica (GUYTON, 1988), fisiologicamente que a diferença de concentrações de íons (sódio, potássio, magnésio e cálcio) entre os meios intra e extracelular é que vão ocasionar o surgimento de potenciais elétricos que ocorrem nas fibras nervosas e musculares, então são esses potenciais elétricos serão responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos e pela contração muscular. Basicamente é possível dizer que a falta desses eletrólitos gera distúrbios na formação de potenciais elétricos e na contração muscular, ocasionando contrações espontâneas.


4) Ambiental: Afirma (GUYTON, 1988) que quanto mais for à elevação na temperatura corporal, mais intensamente se realizarão as reações químicas que passam no interior das células. Por isso é que existe um fenômeno denominado de câimbras induzidas pelo calor, quando o aumento dessa temperatura se eleva surgindo reações químicas possibilitando gerar espasmos musculares intensos chegando ao ponto de se tornar involuntários.

MAGNÉSIO E RELAXAMENTO


AMORIM E TIRAPEGUI(2008) afirmam que o magnésio e o cálcio formam complexos estáveis com os fosfolípidios que fazem parte das membranas celulares. Dependendo da concentração de ambos, eles podem agir sinergisticamente ou antagonicamente. Assim, o magnésio é denominado "bloqueador natural do canal de cálcio". Na depleção de magnésio, o cálcio intracelular eleva-se. Visto que o cálcio exerce importante papel na contração tanto da musculatura lisa como da esquelética, um quadro de depleção de magnésio pode resultar em cãimbras musculares, hipertensão e vasoespasmos coronarianos e cerebrais.
Trabalhos realizados acreditam que o magnésio esteja relacionado com o relaxamento da musculatura estressada, portanto faz-se necessária a ingestão em quantidades suficientes ao organismo.


Alimentos ricos em Magnésio


Rico = 30 mg/100g de alimento

- Frutas e hortaliças: abacate, banana, folha de beterraba, beterraba, grão-de-bico, figo seco, feijão ervilha, mandioca (raiz), lentilhas, quiabo, batata com casca, fécula de batata, figo (seco), uva passa, algas marinhas, soja, espinafres, couve.

- Grãos e derivados: (mais de 80% do Mg é perdido com a remoção do gérmen e das camadas externas dos grãos). Cevada, granola, aveia (grãos inteiros), farelo aveia, arroz integral, farelo de milho, farelo de arroz, farinha de centeio, farelo de trigo, gérmen de trigo, farinha de trigo integral, massas preparadas com trigo integral, cereais instantâneos ricos em fibras (ex. All Bran).

- Nozes e sementes: * nozes e sementes secas fornecem mais Mg do que as torradas. Sementes de abóbora, girassol, gergelim. Amêndoas, castanhas, amendoim, pistáchios, soja, nozes.

-  Outros alimentos: melaço, manteiga de amendoim, produtos de soja (molho, farinha, tofu) camarão, ostra, fermento, leite em pó.

Fonte: Pronsky,Z.M. Food Medications Interactions,2002.


CURIOSIDADE: PREVENÇÃO ATRAVÉS DE UMA COLHER DE SOPA DE SHOYU

Em matéria no site Super Esportes, o fisiologista Antônio Carlos Fedato, que desenvolveu o método com o sócio e também fisiologista Guilherme Rodrigues e o fisioterapeuta do São Caetano, Hugo Maruyama,  afirma “Chamamos o molho shoyu nesse caso de repositor de sódio. Por meio de algumas análises feitas nos atletas, notamos que mais de 90% das cãibras no esporte de alto rendimento são causadas pela perda de sódio no suor, não pela falta de potássio”.

Para mais informações leia a matéria na íntegra em:

PREVENÇÃO E TRATAMENTO


Prevenção


Câimbras não têm cura, mas alguns cuidados simples podem prevenir a repetição das crises:

1) Boa hidratação
Tome bastante líquido durante o dia, especialmente antes de praticar exercícios vigorosos. Bem hidratados, os músculos se contraem e relaxam com mais facilidade.

2) Exercícios de alongamento
O alongamento deve ser feito antes e depois de qualquer exercício mais prolongado. Se as câimbras ocorrerem mais à noite, faça os alongamentos antes de deitar-se.

3) Alimentação balanceada
Inclua frutas e verduras na sua dieta habitual. Esses alimentos são ricos em vitaminas e sais minerais, nutrientes importantes para o funcionamento não só dos músculos, mas de todo o organismo.

Tratamento


Na maioria das vezes, os episódios dolorosos são ocasionais, duram menos de um minuto e desaparecem espontaneamente. Analgésicos e anti-inflamatórios não têm utilidade nenhuma no tratamento das câimbras. No entanto, nas crises, algumas medidas simples podem representar a melhor forma de tratamento.

1) Alongamento e massagem
Alongar o músculo em espasmo e massagear a área afetada com movimentos circulares são técnicas fundamentais para promover o relaxamento da musculatura e alívio da dor.

2) Aplicação de calor no local

O aumento da temperatura favorece o relaxamento dos músculos.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMORIM, A.G., TIRAPEGUI, J.. Aspectos atuais da relação entre exercício físico, estresse oxidativo e magnésio. REVISTA DE NUTRIÇÃO, vol. 21, n.5, Campinas, 2008.

AYRES, R.C.D., NIZIOL, G. M., QUILICI, R, F. M..Alongar ou Aquecer: Qual o melhor caminho para se iniciar uma atividade física. JORNADA CIENTÍFICA DE EDUCAÇÃO DOS CAMPOS GERAIS, 1., 2003, Ponta Grossa. Anais eletrônico. Ponta Grossa: Instituto Superior de Educação Sant’Ana, 2003.

GALI, Julio C. Lesões musculares. Disponível na Internet. URL http://www.apice.med.br/lesões.html. 02/Jan/2003.

GUYTON, Arthur C. Fisiologia humana. Traduzido por Charles Alfred Esberard. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

SILVA, O.C., O surgimento de cãibra e análise do processo de mecanismo de contração muscular. REVISTA DIGITAL. ano 14. n. 131. Buenos Aires, 2009.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

FORMAS E APLICAÇÕES




“Com relação à utilidade de rotinas, ou movimentos preestabelecidos, que a princípio poderiam parecer desnecessárias no treinamento para o combate real, o professor Shahar menciona que Tang Shunzi (1507-1560), outro militar veterano da época da dinastia Ming, destaca em seu Compêndio Marcial (Wubian) que “o motivo das formas nas artes marciais é facilitar a variações [...] as rotinas possuem estruturas fixas, mas na prática real elas não existem. Quando essas posições são utilizadas, tornam-se naturais, apesar de manterem suas características estruturais.”. Esse parágrafo revela  um elemento que quase foi perdido na prática marcial atual; a prática de rotinas (taolu), que tem como objetivo ensinar o discípulo como aproveitar a mecânica corporal da melhor maneira possível, e continua com o estudo das aplicações de combate por meio das quais se adquirem habilidades que não podem ser desenvolvidas com a prática solitária. Quando o estudante entende os princípios dos movimentos que são feitos na rotina de exercícios, ele pode se livrar do esquema preestabelecido nelas e fazer com que os movimentos fluam com naturalidade durante a prática do combate livre, sendo capaz - de um modo ideal - de manter os elementos de estrutura e alinhamento corporal aprendidos na primeira fase de prática das rotinas.”

FONTE: 

ACEVEDO, A. GUTIÉRREZ, C. CHEUNG, M. Breve História do Kung Fu. Editora Madras. 2011. 188p.



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Nem sempre as coisas saem conforme planejado




Nem sempre as coisas saem conforme o planejado



Isso pode acontecer a qualquer momento. O discípulo esperançoso pergunta ao mestre: “Quando vou ganhar a minha faixa preta?”
O mestre o olha nos olhos e diz: “Daqui a cinco anos.”
“Minha nossa!”, diz o aluno, decepcionado. “É muito tempo. Mas e se eu praticar com o dobro de esforço, quanto tempo vai levar?”
“Dez anos”, responde rapidamente o mestre.
“O senhor não compreende!”, diz o aluno. “Vou me esforçar mais do que qualquer outra pessoa e ser o melhor em tudo. E vou ser o mais rápido também, o senhor vai ver!”
O mestre, que já ouviu essa conversa antes, balança lentamente a cabeça de um lado para o outro e explica: “Nesse caso, você vai levar vinte anos, ou talvez nunca venha a ganhar a sua faixa preta.” Contemplando a decepção no rosto do discípulo, ele acrescenta: “Sua cabeça está cheia de pensamentos sobre o que você pode significar para as artes marciais, e não está levando em conta o que as artes marciais podem representar para você. Esvazie a mente e o espírito; deixe que eles sigam o curso do aprendizado, como a folha flutuando na água de um rio”.
O aluno, admirado com a profundidade do pensamento do mestre, tinha ainda uma pergunta a fazer: “Por quanto tempo vou poder estudar as artes marciais?”
“Até morrer”, diz o mestre, com um sorriso nos lábios.

Fonte:
IEDWAB, Claudio. STANDEFER, Roxanne. Um caminho de paz - um guia das tradições das artes marciais para jovens. Editora Cultrix. 2001. 102p.

sábado, 29 de dezembro de 2012

FELIZ 2013!


Como o final de um ano vem chegando e início de outro está próximo, muitas pessoas tomam esse momento para fazer mudanças, pensar melhor, rever atitudes e conceitos e a levantar os mais diferentes questionamentos e autocríticas.

Para ajudar nisso, recomendo uma recente descoberta que tive, o video abaixo. Qual é ainda impulsionada com imagens de treinamento de karatê (Os apaixonados por artes marciais irão concordar nesse ponto).


http://www.youtube.com/watch?v=sLMIZjQsz0s&noredirect=1 (legendado)

http://www.youtube.com/watch?v=GDYAKV9rH4g (dublado)

Portanto, se possuem algum projeto de vida, se têm consigo qualquer sonho, agora é, senão, o melhor momento para se pôr em meditação e logo que 2013 chegar, colocá-lo a prova com toda sua força e... essência.


Finalizo com algo que no término do video lembrou-me muito Steve Jobs e sua eterna frase: "Stay hungry, stay foolish."

Agradeço a todos que acompanharam ao blog, ainda em seus primeiros passos e aguardem por muito mais em breve.

Faço deste o último post de 2012.

Feliz ano novo!  À serpente!

Forte abraço a todos! 






CHI, KIAI, KIHAP e... gritos.




Diante da dúvida de um aluno do estilo shaolin do norte a respeito do porquê que nele não há a utilização de gritos, frente a expressiva presença nos estilos do sul, resolvi arriscar responder fazendo uma breve pesquisa:





Figura: Ideograma de "Chi" ou "Qi".




Logo de início pensei a respeito do kiai, termo este que todos devem conhecer devido às artes marciais japonesas como judô, kendo e principalmente karatê. Entretanto começo perguntando o que é ki?



Do chinês temos chi =氣, que comumente conhecemos como energia, qual é composto por dois ideogramas: vapor = 气 e arroz =米. Conseguem perceber que o arroz está abaixo do vapor? Pois então, a etimologia revela que é o “vapor que sobe ao cozinharmos o arroz”. Assim sendo, podemos atribuir dentre muitos significados filosóficos que a energia física, material, o arroz (base da alimentação chinesa = vitalidade ou força), sobe, ascende em algo imaterial, transparente, espiritual, o vapor.



Mas voltando ao Kiai e gritos...



Etimologicamente, Kiai (気合)é uma palavra japonesa representada por dois caracteres: “Ki” (気), que significa “energia” e “Ai” (合, 合い) que significa “harmonia”, encontrei também que este último é uma inflexão do verbo awasu (合わす), “unificar” (fonte: Fonte: http://shintoryuiaido.wordpress.com/). Portanto, ao associar ambas, pode-se dizer que “Kiai” é: “energia em harmonia” ou “energia unificada”.

No blog, Espírito Marcial, voltado à arte do kendo, seu autor afirma: “É isso que os Sensei querem dizer com o “kiai tem que vir da barriga, de dentro”. Na verdade, a contração do diafragma, na altura do tanden (região abdominal 3 ou 4 dedos abaixo do umbigo), acompanhada da expiração e emissão do som é o princípio básico da técnica. A devida preparação mental também é importante, pois gritar por gritar qualquer um faz, mas demonstrar força, presença e sentimento combativo frente a um adversário é o fator decisivo para um bom kiai.”

Já nas artes marciais coreanas como, por exemplo, no hapkido e taekwondo, chamam de kihap. O termo kihap significa “harmonização das energias internas” (Ki- energia vital ou interna; Hap- harmonização) (CARDIA, 2007). Esse grito deve surgir do abdômen, iniciando com uma inspiração profunda e a sua liberação é sempre repentina, coincidindo com o golpe que será aplicado (LASSERRE, 1971).

Não é diferente no kung fu, no caso, shaolin do sul, no site da escola Nam Pai Kung Fu (http://www.nampai.com.br/?page_id=302&&lnk=1), encontra-se que a emissão sonora não parte da garganta mas sim do Dan tian ou Tan tien (ambos em chinês) de forma a aumentar a força dos golpes executados.

Em termos gerais, seja qual for a arte, todas apresentam ter um mesmo propósito para a utilização do kiai, kihap ou chi partindo da inspiração abdominal e então com a energia de origem na região a 3 ou 4 dedos abaixo do umbigo, exterioriza-la a potencializar a força de um chute ou soco.


Por curiosidade, há na rede duas monografias ou trabalhos de conclusão de curso (vide referências) que desenvolveram pesquisas quanto a eficiência da utilização desta “técnica” e em ambas o resultado final é positivo. Na primeira, judô, conclui-se que na dinamometria (mensuramento de força) isométrica encontraram-se diferenças entre as contrações voluntárias isométricas máximas com e sem o grito do kiai, obtendo uma resposta maior no primeiro. Já a segunda, relacionada ao  taekwondo, afirma que o pico de aceleração de um chute é maior quando utilizado o kihap, potencializando assim o impacto do golpe.


Agora, aonde quero chegar com isso? Por que nos estilos do norte não são encontrados os tais gritos? Ainda faço outra questão: será que não há essa explosão de energia nas outras artes marciais? Por que, por exemplo, no Ta Chi Chuan ou no Ai KI (opa!) do não há?

É dito que os estilos externos, (se posso citar como exemplos: Karatê, Kung fu de Shaolin, Taekwondo, Muay Thai) também conhecidos como duros, trabalham a energia de forma exterior. Segundo Reid e Croucher (2003), os mestres dessa classe, ao seguir o movimento, desferem o golpe de maneira linear e ao utilizar toda a massa corporal podem aumentar a força do mesmo. Os adeptos das escolas internas (exemplos: Tai Chi Chuan, Aikido, Hsing-I, Pa-Kuá), já acreditam que a melhor maneira de se defenderem é utilizar o corpo em movimentos circulares, a partir da energia interna.

Em nem todos os externos há a presença de gritos, apesar que quem já presenciou algum campeonato de karatê ou taekwondo observa isso claramente.


Então penso, interno, externo, interno, externo... todos tem energia de mesma origem! Todos tem Chi, Ki, todos tem “grito”. Somente a forma de expressá-lo que é diferente. O que é, senão, o simples expirar de forma mais agressiva quando soltamos um chute? Ou mesmo ao levantar um peso do chão e é dado aquele tímido som de esforço? Um animal ao defender sua prole ou a caçar? Isso não seria kiai, kihap ou o chi sendo utilizado? Inconscientemente todos devem saber usá-los, o ponto central é a intensidade, de certo não é porque um grita e o outro não que isso será o fator essencial. No fim, tudo é um e a diferença não está na arte em si, mas no desenvolvimento e descoberta do próprio praticante.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



CARDIA, R.N. Taekwondo Arte Marcial e Cultura Coreana. ed.:R. N. Cardia, Rio de Janeiro. 2007



ESPÍRITO MARCIAL: Tsurugi no Michi. Kiai: uma emissão de força. <http://espiritomarcial.wordpress.com/kiai-uma-emissao-de-forca/ > acesso em 30.12.2012



LASSERRE, R. O LIVRO DO KIAI E DOS KUATSU. ed.:Mestre Jou. 1971



NETO, A.A. A influência do grito do kiai na produção de força muscular e no sinal eletromiográfico em um atleta de judô. 2005. (Monografia). Curso de Educação Física, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba. Ver em: http://www.ombrosdegigantes.com.br/doc/15.pdf



MARTINS, R.D. A influência do kihap na força do chute toliõ-tchagui do taekwondo. 2011. (Monografia). Curso de Educação Física, Universidade Federal do Rigo Grande so Sul, Porto Alegre. Ver em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/39335/000825403.pdf?sequence=1



NAM PAI KUNG FU < http://www.nampai.com.br/> acesso em 30.12.2012



REID, Howard. Croucher, Michael. O Caminho do Guerreiro – O Paradoxo das Artes Marciais. Editora Cultrix. 287p.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Impossível?

   Ao visitar a página de um amigo no facebook e aproveito para fazer a divulgação da mesma também, acessem: http://www.facebook.com/pages/Dan%C3%A7a-de-Le%C3%A3o/289084081200853?ref=ts&fref=ts, deparei-me com um pequeno texto que serve para qualquer um que deseje obter, ter a habilidade ou conquistar algo.

   Não é novidade para ninguém, mas nem sempre paramos para pensar e algumas vezes facilmente nos entregamos à derrota. Isso me recorre à algumas atividades nas quais iniciei a pratica recentemente e de como é complicado o início, quão desajeitados somos, entretanto depois de um tempo de empenho, quão satisfatório é sentir que houve progresso e um degrau a mais pôde ser alcançado. 

   Descobre-se que não há segredos que a dedicação e um coração e mente abertos não superem.
 

"A prática faz a perfeição. Nada será fácil no início. Eu acredito que o termo 'difícil' não existe quando se trata de aprendizagem. Nada é impossível, enquanto houver afeição por aquilo que se faz. Enquanto você estiver disposto a aprender, a compreender e a pensar além, como também a fazer pesquisa profunda, você será capaz de fazer qualquer coisa."


                                                                                                                   Mestre Xiao Feihong (蕭斐弘)


 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

CAMPANHA "CONTE ATÉ 10"

Essa ideia eu apoio! Conscientizem-se!

A campanha de valorização à vida "Conte até 10" é fruto da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), que tem o objetivo de reverter a situação trágica da violência no Brasil. O nosso país ocupa a primeira posição mundial em homicídios. Só em 2010, 49.932 pessoas foram mortas. É como se houvesse um massacre do Carandiru todos os dias, durante um ano inteiro. Nesse cenário, grande parte dos assassinatos são cometidos por pessoas que nunca mataram antes. A campanha traz lutadores mundialmente reconhecidos e promove a reflexão, motivando o cidadão a contar até 10 antes de praticar qualquer ato de violência por impulso. Afinal, a raiva passa, a vida fica. Vista a camisa e tome essa atitude.

Fonte: http://www.cnmp.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1650:campanha-conte-ate-10&catid=99:sala-de-imprensa&Itemid=5


Veja um dos videos promocionais da campanha com um dos ídolos do MMA, Anderson Silva: